Cláusula da Nação-Mais-Favorecida e pré-condições para a solução de controvérsias investidor-estado: A experiência Argentina

Autores

  • Isabela Luciana Coleto

Palavras-chave:

Direito internacional dos investimentos, Solução de controvérsias entre investidor e estado, Vias alternativas de resolução de conflitos, Cláusula da nação mais favorecida, Argentina

Resumo

Nos últimos anos, a negociação e a conclusão de acordos internacionais de investimento (AIIs) na América Latina vêm sinalizando uma mudança nas cláusulas de solução de controvérsias, favorecendo mecanismos alternativos de solução de controvérsias ante a arbitragem entre investidores e estados, quando estes últimos estão presentes naqueles acordos. Essa tendência é ilustrada, entre outros, na experiência brasileira com os Acordos de Investimento em Cooperação e Facilitação (CFIAs), nas negociações sobre a criação de um centro regional de solução de controvérsias, sob os auspícios da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), no Protocolo do Mercosul, em alguns Acordos Bilaterais de Investimento (TBIs) recentemente assinados na região e em emendas às leis nacionais de arbitragem para disputas envolvendo o Estado. O presente artigo contrapõe essa experiência recente a outra tendência comum em acordos recentes, relacionados a essa: a modificação da cláusula de nação mais favorecida (MFN), frequentemente encontrada nos TBIs. Usando a experiência argentina como orientação em relação a decisões de tribunais arbitrais anteriores e recentes em relação a essa cláusula e frisando a importância da resolução alternativa de controvérsias para a evolução do direito internacional do investimento, este artigo esclarecerá a importância das cláusulas da MFN para manter a igualdade nas disputas entre investidores e estados entre países e combater a ideia de que as cláusulas da MFN impedem resoluções alternativas de solução de controvérsias sejam efetivas.

Biografia do Autor

Isabela Luciana Coleto

Leiden University, Netherlands. Master of Laws, Advanced Studies in Public International Law (International Dispute Settlement and Arbitration).

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Publicado

2019-07-03

Edição

Seção

Artigos