Direito ambiental, arbitragem e resolução alternativa de controvérsias: uma visão conciliadora

Autores/as

  • Luiz Gustavo Escorcio Bezerra
  • Mariana Papelbaum Gouvea

Palabras clave:

Direito ambiental, Resolução alternativa de controvérsias, Arbitragem

Resumen

O presente artigo busca, por meio de uma avaliação crítica, analisar a possibilidade de submeter questões ambientais a métodos de resolução alternativa de conflitos, como a arbitragem, a conciliação e a mediação. As maiores dificuldades se encontram na relação entre a arbitragem e o meio ambiente, tendo em vista que a legislação específica exige a disponibilidade e a patrimonialidade como requisitos para submeter a controvérsia à arbitragem. O desafio reside no fato de o meio ambiente ser um bem de uso comum do povo e essencialmente difuso, de forma que há quem entenda que os interesses ambientais não poderiam ser transacionados, de forma alguma, e que o meio ambiente não possuiria expressão patrimonial; não preenchendo, portanto, esses dois atributos da arbitrabilidade objetiva. Entretanto, não se pode deixar de notar que existe uma parcela do meio ambiente que é disponível, e que já vem sendo transacionada rotineiramente na solução de conflitos ambientais, bem como que o dano ambiental possui dimensões patrimoniais, passíveis de valoração pecuniária. Deste modo, no presente artigo, serão apresentadas as principais reflexões acerca da possibilidade de submeter interesses envolvendo o meio ambiente aos principais métodos alternativos de resolução de conflitos, contribuindo para a construção de uma visão conciliadora entre estes métodos, particularmente a arbitragem, e o direito ambiental.

Biografía del autor/a

Luiz Gustavo Escorcio Bezerra

Advogado. Árbitro. Bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Direito Ambiental Brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Mestre em Direito Ambiental (LL.M.) pela University College London (UCL). Doutor em Ciências Ambientais pela UERJ. Foi Professor das disciplinas Introdução à Indústria do Petróleo, Direito Ambiental Internacional e Direito Ambiental na Faculdade de Direito da UERJ (2008-2013). Professor de Direito Ambiental de diversos cursos de pós-graduação e programas executivos. Coordenador da Comissão de Estudos de Meio Ambiente do Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia (IBDE).

Mariana Papelbaum Gouvea

Advogada. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Pós-Graduanda em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

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Sección

Artigos